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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Rebecca a caçada, mas por agora, também não sou a Viviam a humana;


   Agora eu não sei quem sou, nem o que sou.


    Oi... Desculpe não ter deixado noticias, mas depois que a caçadora morreu, não se pode dizer que eu tenha me divertido muito com tudo isso... Mas, pelo menos ela não fica por ai atormentando os outros, nem matando seres inocentes.
   Agora eu acabei de acordar e estou indo para minha escola. Eu até que gosto do meu uniforme... Bem, depende do dia. Quando eu estou animada, eu "curto" vestir minha saia xadrez, que eu mesma alterei, cortando ela até a coxa, eu gosto da minha blusa branca e também do casaco preto, que eu cortei na manga e coloquei alguns broches...
   Mas hoje, eu não estou de bom humor. Meu namorado, o Beto, aquele filho de uma... Bem, ele saiu em uma missão a mais de uma semana, não nos falamos, ele não me ligou, e pelos meus informantes, ele até agora não terminou a missão. Junto com ele foi o novato, mais um amigo meu, Carlos, um caçador, mas também meu amigo e dele, claro e uma garota nova, com apenas 15 anos.
   O que aqueles merdas tem na cabeça para mandar uma menina de 15 anos apenas para uma missão que pelo entendi é aniquilar um clã de vampiros, pois misteriosamente tem acontecido muitas mortes com presas na sua área e como é responsabilidades deles, e eles não fazem nada, é decretado morte, pois chamaram atenção deles. Dos caçadores. Mas sabia que o Beto e o Carlos iriam investigar primeiro e depois atacar. Com eles, todos os novatos tinham bons exemplos.
   Suspirei resignada.
    Fui até o banheiro e olhei no espelho. Meu cabelo agora se encontrava castanho, na sua cor natural, meus olhos violetas, natural, apesar de acharem que é lente e meus lábios e sensuais demais para os homens.. Sou um demônio, tenho que ter atrativos, apesar de conseguir mudar de forma :) E como não estava com humor para uniformes, coloquei uma regata preta, com um corpete vermelho sem manga por cima, com uma calça jeans preta e coloquei meu sapato de salto alto vermelho e fui até a cozinha onde se encontrava os seguranças do meu pai e o meu pai, junto com um homem.
   -O que foi? - perguntei educada-mente - Tem algo errado papai?
   -Filha, esse é o David, gostaria que vocês se tornassem amigos. Ele é um grande amigo meu e...
   -Tudo bem. Quando der a gente se fala. - falei cortando ele - Desculpe papai, mas tenho três provas hoje e se eu me atrasar, não faço. Desculpe-me David.
   -Tudo bem. - ele sorriu, mostrando ter dentes perfeitos, igual ao seu visual de surfista arrumado.
   Sai correndo, e meus seguranças já haviam sumido, provavelmente uns no carro e outros na escola. Tenho 6 seguranças, 3 ficam na escola como meus protetores e 3 me olham de longe, sem chamar atenção. Mas as vezes, eu conseguia fugir. Sorri ao entrar no carro. afundei no banco de trás, junto com o Jake.
   -Vai fugir hoje, não vai? - ele murmurou apenas para eu ouvir.
   -Quem sabe?
   Ele ficou quieto e então se aproximou de mim, me colocando contra o vidro escuro. Ele olhou nos meus olhos e pude ver a mensagem lá deixada. "Cuidado".
   Rangi os dentes e sai do carro, que já tinha chegado na escola. A escola era por si só pequena e por fora toda branca, e muito limpa só que com alguns pichamentos bonitos, parecendo algumas tatuagens tribais iguais as minhas. Entrei pelo portão e caminhei até a minha sala, agora tenho prova de física. Quando entrei, o professor já estava na sala e aplicando a prova. Olhei para a sala e vi o Carlos. Sorri abertamente, melhorando meu humor. O Beto devia ter voltado!
   Mas quando nossos olhares se encontrar, ele não parecia feliz.
   -Viviam! - olhei para o lado, onde o professor estava com uma folha estendida - Vá fazer a prova.
   Peguei ela e sentei na unica cadeira vaga que era a primeira da fileira. Procurei na sala por sinal do Beto, mas não o vi.
   Será que ele tinha ficado doente? - questionei mentalmente.
   Rangi os dentes. Não, ele nunca fica doente e odeia quando falta na aula, mas ama ir para as missões. Ele tinha pegado outra missão, sem sequer me dar um oi?! FDP!
   Ignorei a raiva, e me concentrei em fazer a prova. Depois de duas aulas, nós entregamos a prova e antes mesmo do professor sair da sala, já tinha gente em pé. Eu rapidamente tentei ir até o Carlos e ele tentou vir até mim, mas quando chegamos perto o suficiente um do outro, o professor chega.
   -TODOS SENTADOS! AGORA! - viro para o professor emburrada, mas ignoro a ordem e volto minha atenção para o Carlos.
   -Carlos cadê o Beto?! - falei brava.
   -Você não entende... - eu vejo ele ficar com os olhos mais molhados.
   -VIVIAM! SENTE-SE AGORA, OU NÃO VAI FAZER A PROVA!
   -Quem disse que eu quero! - retruquei me virando para o professor.
   -DIRETORIA AGORA! - ele grita e eu rangi meus dentes, segurando para não mata-lo na sala de aula mesmo - RÁPIDO!
   Olhei para o Carlos e furiosa sai da sala de aula e fui em direção ao diretor, o qual era um dos meus seguranças.
   -Autorização para a prova. - falei entrando na sala dele sem bater.
   -Sabe, você tem que parar de responder tantos para os professores.
   Girei os olhos e esperei. Ele se levantou da cadeira de couro e me levou junto com ele até a sala e bateu na porta. Meus seguranças sempre sabiam o que eu fazia cada paço que eu dava dentro da escola, cada respiração errada,  cada palavrão que eu soltava... Enfim...
    -Por favor professor... - o diretor fala e o professor entende o recado e me deixa entrar.
    -Aqui está a prova.
    -Obrigada. - peguei a prova forçando um sorriso que o convencesse - Desculpe.
    Ele simplesmente me ignorou e eu sentei novamente no meu lugar e fique as duas aulas fazendo a prova. Quando o professor mandou entregarmos as provas, pois tinha dado o sinal do intervalo. Sai da sala e esperei o Carlos na porta.
   -Ele morreu. - ele falou e me olhou triste.
   Algo em mim começou a queimar, de raiva e tristeza e quando ele tocou na minha pele para me consolar sentiu isso. Olhei para ele com medo e raiva. Não queria machucar ninguém daqui, mas meu meu pouco auto controle estava saindo e eu sentia que necessitava bater em qualquer coisa, esmagar, matar, aniquilar o maldito que fosse que matou o Beto.
   -Me tira daqui. - forcei as palavras sairem da minha boca e ele pegou com sua mão direita que sempre ele usava uma luva de couro e me puxou correndo pelas pessoas, até que chegamos no banheiro masculino e e me puxou para dentro, onde não tinha nenhum aluno e nos tele-transportou daqui para um bosque.
   Segurei o ar quando senti meus órgãos serem espremidos, sugados, mas ao mesmo tempo, como se eu estivesse sendo esticada. Gritei de dor, mas então tão rápido como veio, essa dor passou.
   -Odeio ser tele-transportada, mas obrigada. - senti meu olhos se encherem de agua e então e Carlos vem e me abraça forte e carinhosamente - Como?
   -Não sabemos. Saímos atrás de informações e ele disse que ia te ligar e ia depois, foi logo no fim da primeira semana, quando tudo já estava quase se resolvendo, mas então voltamos e ele estava morto, com apenas uma mordida de vampiro e a menina a novata, apareceu toda ensaguentada, com vestido branco, parecia um anjo que acaba de sair de uma guerra e ela matou um vampiro que estava lá. Ela falou que tinha três, mas não reconheceu nenhum deles como sendo o do clã.
  -Eu juro que vou mata-los. - rosnei, mas o Carlos tampou minha boca com a sua em um beijo faminto.e então algo me consumiu como um vírus e eu senti uma necessidade imensa de toca-lo, o beijo foi se aprofundando, eu sentindo mais necessidade de ficar mais perto dele - O que está havendo?
     Eu tentei me afastar e ele logo tira seus lábios dos meus.
     -Desculpe, acho que você.. Bem está na hora de acasalar e eu não pude resistir. - ele disse ainda me abraçando.
     -Oh... - falei e recuei devagar, pois sabia que ele fazia isso como uma distração de seus sentimentos e sabia como lobisomens reagiam... Ele não era de todo lobisomem ele era algo mais que isso - Mas eu juro que vou mata-los.
    Senti meu corpo começar a queimar de dentro para fora de tanta vontade que eu estava de socar, ou chorar, ou gritar e ele só aguentou pq ele não era humano. Sabia que minha pele estava muito quente.
   Fiz algo que não achei que faria tão cedo e chorei em seu ombro e gemi baixinho. Essa não sou eu. Mas eu não consegui segurar e chorei, como nunca chorei antes. Chorei de raiva de tristeza e de vergonha por mim mesma, por achar que ele não ligava para mim.



continua....






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